Se um ser de outra espécie caísse na
terra e visse que os homens deixam suas sobras para que outros homens se alimentem
delas, diria que a natureza da espécie humana é generosa. A verdade é que possuímos
mais do que podemos usar, cozinhamos mais do que podemos comer, compramos mais
do que podemos vestir... É o que responde o ser humano ao ser alado, em Velhos Caem do Céu como Canivetes. Somos uma espécie rara. Passamos da generosidade à
violência em questão de segundos. Esse mesmo ser alado indaga nosso anti-herói quanto
a sua falta de ideais. Nós, humanos que somos, sabemos muito bem que essa
palavra deixou de existir, ficando para nós – agora artistas – o armazenamento
museológico desse conceito. Não há por que lutar, há? O artista – que é humano,
mas parece não ser deste planeta – vive entre a esperança e a desesperança.
Acredita no homem, o vê padecer, e sofre por ele. Talvez somente uma estirpe de
seres alados e sábios possam tomar conta do mundo e resolver o problema... Se um ser pensante caísse na terra teríamos trabalho
para explicar o que somos, no quê nos transformamos e como convivemos com isso.
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